Page 439 - Revista TRT-SC 036
P. 439
momento houve a escolta que a autora alega ou que ela teve um tempo determinado
para recolher seus pertences e arquivos eletrônicos do notebook da reclamado e ainda foi
impedido de se despedir de quem estava no local naquele momento.
(...)
Por se tratar de uma sucessão de fatos, necessário se faz a transcrição da narrativa das
testemunhas sobre as alegações das partes:
2ª TESTEMUNHA DO(A) AUTOR(A): S. B. G. (...) 4 – DANO MORAL/RESCISÃO
(gravado a partir dos 51min16s) o depoente estava no local (CT) mas não presenciou
a situação da dispensa da autora; se recorda da situação chocante que aconteceu, estava
na sala dos professores, e teve uma professora que chegou e disse “olha, não viu o que
ocorreu?”, e o depoente disse que não, estava ali descansando, e ela disse que a Karine, que
era uma pessoa de bastante estima dos professores, ela basicamente expulsou, para ser mais
preciso, a autora do CT, disse que foi na frente das pessoas, não teve um chamado para
conversar, a professora no caso ficou chocada com a situação, assim como o depoente, a
autora basicamente teve 15 a 20 minutos para retirar o material dela, devolver o notebook,
como se a autora fosse se apoderar de alguma coisa; o depoente sentiu bastante a situação
quando ficou sabendo, e a autora foi escoltada até a saída, foi um absurdo e chocante; logo
depois foi feita a dispensa do depoente, no final do ano, e foi com a Karine, o depoente
estava temeroso, mas ocorreu o contrário, Karine foi uma pessoa totalmente dócil, o que não
ocorreu na rescisão da autora, situação vexatória, alunos, funcionários e professores, todo 439
mundo vendo a situação; reforça que não presenciou mas logo depois do fato teve contato
com a professora e ela contou; quando ficou sabendo autora não estava mais no CT, não
a viu saindo; e depois teve algumas conversas porque a autora tinha assumido o projeto,
era 24 horas; escutou de outras colegas também sobre os fatos, teve até um colega que
disse “deu o sangue pela empresa e foi chutada igual um cachorro”; outros colegas faziam
piadinhas de mau gosto; PERGUNTAS PELO(A) PROCURADOR(A) DA PARTE RÉ
(gravado a partir dos 55min43s) o depoente prefere não nominar as pessoas que falaram;
pelo que ficou sabendo autora foi escoltada por Karine. Nada mais.”
2ª TESTEMUNHA DO RÉU: T. A. G. C. (...) 4 – DANO MORAL/RESCISÃO
(gravado a partir dos 24min24s) questionada sobre como ficou sabendo da dispensa da
autora disse que estava na sala com Luiza que era uma técnica que entrou no lugar de
Juliana, a autora e Karine saíram para uma reunião e logo depois as duas voltaram, a
Karine entrou colocou o notebook no cantinho na mesa de reuniões e ficou quietinha por
lá, autora entrou bem agitada e começou a recolher as coisas dela da mesa, do armário, e
se lembra que Luiza questionou o que tinha acontecido e a autora não falou nada, acha
que ela comentou que tinha sido desligada; se lembra que pegou as coisas e saiu; Karine
não ajudou a autora recolher seus pertences; autora foi sozinha até a saída se lembra até
que a Luiza, que era mais próxima dela na época, até ofereceu apoio, se precisava de ajuda
para levar as coisas até o carro, mas não se lembra se ela foi ou não; ninguém ficou ao
lado da autora enquanto recolhia seus pertences, só estavam a depoente, Luiza e Karine
na sala, sendo que Karine ficou sentada no canto com o computador; a autora pegou as
coisas e foi embora; não se lembra se ao sair a autora se despediu mas ela estava bastante
agitada, perturbada com a situação, lembra que ela falou com a Luiza que tinha sido
a
Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 12 Região | v.27 n. 36 2024