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ATUAÇÃO DA EJUD12 NA CONSTRUÇÃO DA EQUIDADE DE GÊNERO:
COMPARTILHANDO UMA EXPERIÊNCIA EXITOSA
equipe, visto que a atividade planejada era complexa e envolvia uma grande
quantidade de operadores que se ativavam em tarefas que abrangiam desde a
preparação do espaço físico de convivência em cada unidade até a transmissão
da palestra para os vários locais do interior, bem como as imagens de cada
unidade para as demais.
Uma vez tudo organizado, testado e conferido, no início da tarde,
Dona Bilica visitou os diversos setores do Tribunal, interagindo e reforçando
o convite para participação presencial no auditório. Ela também reiterou o
chamado de forma online, para os que acompanhariam pelo Zoom e, já no
auditório, interagiu com o público (presencial e online) propiciando um
início de atividades leve e descontraído.
A palestra ocorreu de maneira presencial na sede do TRT e foi
transmitida para os demais Fóruns Trabalhistas, Varas do Trabalho e demais
unidades administrativas por todo o Estado de Santa Catarina. Em cada
local, conforme previamente programado, havia um espaço organizado para
receber o público, tanto para a transmissão do evento quanto para o coffee-
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break, de modo a garantir o congraçamento entre os colegas de trabalho e a
interação entre os palestrantes e o público no interior do Estado.
Os palestrantes demonstraram absoluto domínio do conteúdo, com
destaque para a persistência das desigualdades socialmente estabelecidas, bem
como mantiveram o tom equilibrado e construtivo, evitando perspectivas
maniqueístas que servem apenas ao acirramento de polarizações políticas.
As técnicas de comunicação empregadas também merecem destaque, pois
mantiveram o público atento por quase duas horas.
A construção desse espaço de respeito e acolhimento refletiu-se nos
debates que se seguiram à palestra, momento em que foi possível perceber o
quanto os participantes estavam à vontade para expressar seu ponto de vista
sem o receio de serem alvo de reações intolerantes ou desdenhosas.
Nesse sentido, um dos participantes buscou justificar a existência
das desigualdades de gênero com o argumento de que, desde a pré-história,
os homens saíam para a caça, enquanto que as mulheres se dedicavam aos
afazeres da casa. Logo, seria natural que os homens sejam responsáveis por
prover o sustento com os bens necessários à subsistência e as mulheres
fiquem mais voltadas aos trabalhos de cuidado da família e do lar.